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Câmara Municipal de Natal

Trabalhando pelo bem da nossa cidade

Cidade do Natal

História de NATAL/RN

Historia do Natal

Forte dos Reis magos

No dia em que o mundo cristão celebra o nascimento de Jesus Cristo, a capital potiguar comemora aniversário. Por isso foi batizada de Natal.

A capital do Rio Grande do Norte surgiu a partir da intenção espanhola de expulsar os franceses do litoral brasileiro no período da União das Coroas Ibéricas (1580 -1640). O rei da Espanha, Felipe II, determinou a construção de uma fortaleza para proteger a Barra do Rio Grande - como era chamado o território naquela época - e a fundação de uma cidade a uma légua da fortificação. Também conta a história que a Espanha queria a todo custo expulsar os franceses, porque a França era uma nação inimiga do reino espanhol. E nesta época, Portugal estava sob domínio da Espanha. Primeiro os franceses foram expulsos da Paraíba; depois, do Rio Grande.

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Monumento na estrada da cidade em homenagem aos três Reis Magos (Foto: Canindé Soares)

Em 6 de janeiro de 1598 foi inaugurada a Fortaleza dos Santos Reis (hoje chamada Fortaleza dos Reis Magos), cujo nome faz referência ao Dia de Reis, quando se encerra o ciclo natalino. Quase dois anos depois, a uma légua da edificação, nasceu a cidade, a qual teve os limites demarcados em 25 de dezembro de 1599.

"A relação da cidade com o ciclo natalino termina justamente no dia 6 de janeiro, Dia de Reis, em alusão à data em que a fortaleza foi inaugurada. Inclusive, este dia é feriado municipal em Natal. Os historiadores dizem que aproveitaram a missa de Natal, celebrada em 25 de dezembro, para fundar a cidade. Mas, não há provas documentais sobre a razão da escolha da data", afirma o professor de história Luis Eduardo Suassuna, mais conhecido na cidade como professor Coquinho.

"Os registros históricos também não dão conta de quem fundou a capital", diz ele. Três nomes dividem a opinião dos estudiosos: Mascarenhas Homem, Jerônimo de Albuquerque e João Rodrigues Colaço. Natal se resumia a poucos quilômetros de extensão. Começava nos arredores da atual Praça das Mães e terminava na Praça da Santa Cruz da Bica, ambas localizadas na Cidade Alta.

"Foram colocadas duas cruzes marcando o início e o fim da cidade. As cruzes iniciais foram perdidas. Mas ainda se conserva uma cruz simbólica na Praça da Santa Cruz da Bica", disse Coquinho.

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O mais antigo mapa da cidade elaborado em 1633 (Foto: Reprodução/Livro de Câmara Cascudo)

Em 1633, Natal é alvo da invasão Holandesa ao Brasil. E recebe provisoriamente o nome de Nova Amsterdã, em alusão à capital holandesa. Um relatório desta época registra que havia cerca de 30 casas em Natal, a maioria delas cobertas com palhas. Motivo que levou um bispo português a escrever a seguinte constatação: "Natal não existe tal".

O escritor e viajante inglês Herry Koster também tinha esta opinião sobre a cidade. Em 1817, ele escreveu no livro 'Viagem pelo Brasil' a seguinte indagação: - Se chamam isso de cidade, o que serão as aldeias e vilas?. "A obra de Herry Koster é muito importante. Ele retratou os costumes numa época em que ninguém andava, ninguém escrevia", ressaltou Coquinho.

Para se ter ideia de como a cidade era pequena e pouco habitada em 1822, ano da independência do Brasil, Natal tinha em torno de 700 habitantes de acordo com o livro 'História da Independência do Brasil no RN', de Câmara Cascudo.

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Cais do Porto no Rio Potengi, Ribeira (Foto: Reprodução/Livro de Câmara Cascudo)

Mas, o 'ouro branco' muda a expressão da cidade na segunda metade do século XIX. O algodão incrementa a economia local e promove o desenvolvimento de Natal, principalmente do bairro da Ribeira, região às margens do rio Potengi, onde havia um pequeno porto. "Como não tinha meio de transporte, o que chegava pelo porto era comercializado na própria Ribeira. Começa nesta momento o florescimento do bairro como centro comercial", disse Coquinho.

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Teatro Alberto Maranhão visto à noite (Foto: Secretaria Estadual de Cultura/Divulgação)

No início do século XX, entre os anos de 1908 e 1913, o governo de Alberto Maranhão inaugura uma nova era na capital potiguar, cujos historiadores denominam de 'Modernidade de Natal'. Alberto Maranhão faz um empréstimo com a França e começa a investir na infraestrutura da cidade. Natal passa a ter iluminação pública, com lampiões a gás, além de bondes puxados por animais; além do término de importantes construções, como a do teatro Alberto Maranhão e o prédio que atualmente abriga a Ordem dos Advogados do Brasil no estado (OAB/RN), além da sede do Tribunal de Justiça do RN, onde funcionou o Instituto Histórico do Estado.

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Planejamento da capital potiguar (Foto: Reprodução/Livro de Câmara Cascudo)

Em 1912, a cidade passa a ter bairros. Tirol e Petrópolis eram chamados de 'Cidade Nova'. Além destes, tinha ainda o Alecrim e a Ribeira. Nesta época, foi elaborado um planejamento da cidade. As avenidas que atualmente homenageiam presidentes do Brasil, como a Afonso Pena, Rodrigues Alves, Campos Sales, foram planejadas durante este período.

"É impressionante como o arquiteto que traçou a cidade era visionário. Ele desenhou avenidas largas, arborizadas, com canteiros centrais e que atendem aos natalenses até hoje. E foi pensado num momento em que a cidade não tinha carros... quer dizer, deveria ter dois ou três veículos", comentou Coquinho.

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Base Americana em Natal na 2ª Guerra Mundial (Foto:Reprodução/Livro de Câmara Cascudo)

Outro acontecimento que inaugura uma nova fase na capital é a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, em 1942, ao lado dos Estados Unidos. Natal passa a ter uma base americana que atrai investimentos e um povoamento de 10 mil soldados americanos - aumentando em 20% a população local. Um novo capítulo da história de Natal surgiu aí.

Atualmente

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Natal, capital do Rio Grande do Norte (Foto: Canindé Soares).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Natal tem atualmente 803.739 mil habitantes numa área de 172 quilômetros quadrados. O Produto Interno Bruto (PIB) da capital é de R$ 10 bilhões e a renda per capta de R$ 5.411 mil, de acordo com os dados da Prefeitura.